por Marilia Mayorga e Vd. Matheus Macêdo | Vida Veda
O magnésio é um mineral essencial à vida e sem ele nenhuma célula funciona direito.
Ele participa da produção de energia, regula músculos e nervos, fortalece os ossos e contribui para a formação do DNA.
No entanto, isso não significa que você precise correr para suplementar.
A maioria das pessoas obtém o magnésio necessário para manter o corpo em equilíbrio por meio de uma alimentação simples e variada, que incluam grãos integrais, sementes, castanhas e vegetais verdes são fontes naturais e abundantes.
Precisamos de magnésio? Sim.
Mas o problema começa quando a conversa sobre saúde vira propaganda.
Muitos conteúdos sobre “deficiência de magnésio” são produzidos por quem tem algo a vender e por isso, antes de decidir suplementar com base em informações da internet, vale olhar com calma de onde vem o conteúdo e se há algum conflito de interesse.
De acordo com diversos estudos científicos, suplementos só fazem sentido quando existe deficiência comprovada, doenças específicas ou uso de medicamentos que interferem no metabolismo do mineral – como diuréticos ou inibidores de bomba de prótons.
Assista ao vídeo que inspirou este artigo:
Magnésio cura quase tudo? | Para quê serve o magnésio na sua saúde?
Suplementação de magnésio: o que é verdade e o que é exagero na internet
Basta uma rápida pesquisa na internet para encontrar uma enxurrada de vídeos e textos sobre magnésio.
Alguns trazem informações valiosas, mas muitos carregam interesses comerciais e promessas exageradas.
Por isso, é essencial saber diferenciar o que é conteúdo confiável do que é apenas marketing e uma boa forma de fazer isso é seguir três passos simples:
Checar as fontes primárias – prefira sites médicos, bases científicas e artigos revisados por pares.
Identificar evidências reais – valorize estudos clínicos e revisões sistemáticas, e desconfie de opiniões sem respaldo.
Observar o contexto – analise quem fala, o que vende e o que escolhe não dizer.
Estudar saúde com senso crítico é um ato de liberdade, portanto quanto mais você entende, menos depende de slogans, promessas milagrosas e modas passageiras.
Quando é preciso suplementar?
Na prática, o suplemento não é um atalho para melhorar o funcionamento do corpo.
A lógica é simples, afinal se não há falta, não há motivo para suplementar.
A literatura científica mostra que a suplementação de magnésio só é necessária em situações específicas, como:
– deficiências comprovadas;
– doenças intestinais que dificultam a absorção;
– uso prolongado de certos medicamentos, como diuréticos;
– alcoolismo crônico ou dietas muito restritivas.
Para a maioria das pessoas, uma alimentação simples e variada é suficiente, visto que os níveis ideais de magnésio para adultos ficam entre 310 e 420 mg por dia, valor facilmente atingido com alimentos naturais e integrais.
Quando a falta de magnésio vem do solo
Hoje, muitos alimentos contêm menos magnésio do que há 50 anos, isso acontece porque temos um modelo de agricultura intensiva, que esgota o solo e reduz a presença natural de minerais.
Quando o solo é maltratado, os alimentos perdem micronutrientes e isso repercute diretamente na nossa saúde.
O problema, portanto, não está apenas na necessidade ou não de suplementar magnésio e outro minerais, mas também na forma como produzimos o que comemos.
A boa notícia é que existem caminhos para reverter isso, por exemplo, apoiar produtores conscientes, que trabalham com agricultura orgânica, sistemas regenerativos e agroflorestais, é uma escolha poderosa.
Cuidar do solo é uma das formas mais diretas de cuidar do corpo e do planeta.
Onde encontrar magnésio na comida de verdade
O magnésio está presente em alimentos simples e acessíveis, que fazem parte de uma alimentação viva e natural.
Segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Nutrition (2011), em geral, uma dieta rica em magnésio pode favorecer o equilíbrio metabólico e reduzir processos inflamatórios, ajudando a prevenir doenças como diabetes e problemas cardiovasculares.
Entre as principais fontes naturais de magnésio estão:
Sementes de abóbora – cerca de 260 mg por 100 g
Cacau em pó – até 500 mg por 100 g
Castanha-de-caju, castanha-do-pará e amêndoas
Linhaça, gergelim, feijão, grão-de-bico, lentilhas e soja
Arroz integral, aveia e quinoa
Hortaliças verdes, como espinafre, couve e alface
Frutas, como abacate, banana e figos
Esses alimentos, além de fornecerem magnésio, também são ricos em fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis, de modo a sustentar a saúde no longo prazo.
Saúde não se vende em cápsulas
A suplementação pode ajudar em alguns casos, mas nunca substitui o que realmente sustenta a vitalidade: alimentação, sono, movimento e silêncio.
A saúde não vem pronta em um frasco, ela é construída no cotidiano, nas pequenas escolhas repetidas com consciência.
O equilíbrio não é um ponto fixo.
Ele é um movimento contínuo, que muda com o corpo, com o tempo e com a fase da vida.
Antes de buscar a próxima cápsula, experimente ouvir o próprio corpo.
Na maioria das vezes, ele já sabe o que fazer.
Quer dar o próximo passo para uma rotina mais saudável?
Se você quer experimentar o que é cuidar da saúde de forma simples, prática e sem radicalizações, eu te convido para o curso gratuito A Essência da Saúde.
Não. A maioria das pessoas atinge o necessário pela alimentação. Suplementar faz sentido apenas se houver deficiência comprovada ou risco aumentado. O ideal é realizar esse tipo de suplementação com acompanhamento profissional. Você encontra os profissionais de saúde que nós indicamos em drintegra.com
Cãibras, fraqueza, fadiga e batimentos irregulares podem aparecer, mas são inespecíficos. Sempre investigue com um profissional antes de suplementar.
Sementes, castanhas, leguminosas, cacau e grãos integrais são boas fontes. Quanto mais natural o alimento, mais magnésio ele tende a oferecer.
Alguns estudos sugerem benefícios leves, mas ainda não há consenso. A base do sono saudável continua sendo rotina, ambiente e alimentação adequados.
Este conteúdo tem caráter informativo e educacional e não substitui avaliação médica, nutricional ou ayurvédica individualizada. Nele não fazemos diagnóstico nem indicamos tratamentos para casos específicos. Se você apresenta sintomas persistentes, usa medicamentos, está grávida, amamentando ou tem condição crônica, procure acompanhamento profissional antes de mudanças na dieta, sono, exercícios ou uso de suplementos/fitoterápicos.
Tenho me interessado bastante pelas.suplementações poos, as vezes percebo que o meu corpo pede para suspender tantas cápsulas passadas pelo meu endocrinologista. Tenho pressão alta, 13 X 9 as vezes 14 X 10, histórico familiar, mas, sinto que posso encontrar tudo na alimentação. Tudo que foi sugerido pelo artigo está incluso na minha dieta, como também, meu.cotidiano de cuidados e práticas. Obrigada!